Na era digital, a simples leitura de um livro aos nossos alunos não é mais atraente, com um pouco de criatividade é muito fácil criar formas diferentes de trabalhar uma leitura, de forma a atrair a atenção e o interesse dos nossos pequenos.
Abaixo algumas sugestões selecionadas na internet para fazer a leitura de um texto um momento especial.
Possibilidades e jogos de leitura
§ Fazer a leitura em voz alta de alguns capítulos da obra: alunos e professor intercalando a leitura e criando curiosidade quanto ao resto da história. É muito mais divertido do que uma leitura solitária;
§ Jogo de incorporação à leitura: escolhemos um capítulo ou trecho e fazemos algumas marcas no texto (a cada duas ou três linhas). Um aluno inicia a leitura em voz alta e, seguindo uma ordem estabelecida antecipadamente, um novo aluno começa a ler a cada marca do texto, até que todos estejam lendo juntos;
§ Feira de leitura: o grupo encarregado da atividade anunciará — como faziam os leiloeiros antigamente — que em determinada hora e lugar será feita a leitura de certo trecho do livro. Também farão cartazes anunciando o grande acontecimento;
§ Leitura dramatizada: um grupo prepara a narração de algum capítulo da obra para contar aos outros (ao ar livre), utilizando imagens seqüenciais dos fatos. Os narradores podem vestir-se conforme o estilo da época e podem-se encenar alguns personagens;
§ Leitura musical: cada grupo fica responsável por um capítulo e escolhe uma música que combine com o trecho a ser lido. Durante a leitura podem ser feitas pausas para ouvir a música, que ficará de fundo para os narradores.
Que tal? Não são idéias tão complicadas de ser feitas e, sem dúvida, são muito mais divertidas do que um “Leiam o capítulo 5 para a próxima aula!”.
E depois de terminada a leitura? Ficha de leitura para serem preenchidos resumo, personagens e fatos principais? Nem pensar! Não mate os pobres alunos de tédio.
Jogos para depois da leitura
Brincando com os personagens
§ Imaginar como são: desenhá-los, descrevê-los;
§ Desafio de desenho e pintura
§ Procurar fotos na internet dos personagens e montar um mural. Depois ler em voz alta algumas falas para ver se os alunos descobrem qual é o personagem;
§ “Quem é quem?” com os personagens do mural. Dividir a sala em dois grupos pode ser divertido aqui;
§ Escolher um personagem do mural e inventar uma nova vida para ele, uma aventura ou imaginar como seria atualmente;
§ Escrever uma carta ao personagem que cada um escolher.
Brincando com o ambiente
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§ Localizar o local da história no mapa;
§ Descobrir e seguir rotas sobre um mapa;
§ Localizar lugares, populações;
§ Construir murais que mostrem a paisagem;
§ Investigar sobre os tais moinhos;
§ Desenhar os moinhos;
§ Confeccioná-los usando materiais diferentes;
§ Pesquisar sobre costumes e condições de vida da época;
§ Imaginar uma aventura do protagonista em outros lugares, cidades ou países diferentes.
Brincando com palavras
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§ Sopas de letrinhas;
§ Palavras cruzadas;
§ Desafios de vocabulário, trabalhar em diversos níveis, com graus de dificuldade variados;
§ Elaboração de pequenos dicionários visuais — escolhe-se um objeto, desenha-se e escreve-se uma simples explicação sobre suas partes ou elementos;
§ Associação de palavras e objetos aos personagens;
§ Agrupar palavras de uma lista por campo semântico;
§ Trabalhar com frases curtas e simples da obra e completá-las com outras novas, para formar rimas: “Tinha em sua casa uma ama que passava dos quarenta que cuidava da casa e estava sempre atenta”.
Brincando de investigador
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§ Copiar e ilustrar algumas frases ou refrões que apareçam na obra;
§ Copiar (talvez cozinhar) a culinária da época: fazer fichas de receitas;
§ Copiar gírias de uso cotidiano: saudações, despedidas etc.
Estimulando a escrita
§ Escrever uma carta que os próprios personagens nos teriam enviado, de algum lugar;
§ Texto no qual um personagem descreve a si mesmo;
§ Desfile de modelos: entregamos a foto de um personagem e os alunos devem descrevê-lo utilizando comentários como se fosse um desfile de moda;
§ Transformar um episódio que já tenha sido comentado na aula em uma notícia, utilizando a linguagem dos jornais;
§ Entrevista com um personagem: elaboram-se as perguntas antecipadamente, tendo em vista qual seu papel na narrativa;
§ Reescrever um capítulo em forma de quadrinhos;
§ Escrever um capítulo em forma de crônica: colocar a hora em cada um dos acontecimentos;
§ Escrever poemas simples em torno do personagem, objeto ou fato.
Todo mundo escreveu, leu, interpretou? Agora é hora do foco na dramatização: os alunos devem sentir-se parte da história e reviver os fatos do livro.
Fazendo teatro e outras representações
§ Escolher um capítulo e adaptá-lo para linguagem teatral;
§ A dita representação pode (e, de preferência, deve) ter acompanhamento musical, corais etc.;
§ Representações com fantoches: pode-se adaptar um capítulo para crianças, utilizando linguagem muito simples;
§ Teatro de sombras: podemos optar pela construção de figuras ou sugerir que os próprios alunos atuem diretamente.
E agora é hora de desenvolver as habilidades de produção artística.
Oficina de artistas
§ Fazer marca-textos: os próprios alunos podem desenhá-los, depois plastificá-los;
§ Pintar camisetas com cenas da obra, falas de personagens ou o que mais desejarem;
§ Decorar recipientes de vidro com pintura especial para isso;
§ Confecção de máscaras;
§ Confecção de fantoches utilizando material reciclável.
Ufa! Aposto que isso é muito mais do que qualquer professor já tenha trabalhado sobre uma obra ou qualquer aluno tenha se interessado por um livro.
É claro que não será possível, conforme nossa realidade, organizar todas essas tarefas. Mas a partir delas, muitas outras idéias podem surgir ou ser adaptadas. Cabe a cada professor saber a hora certa de colocá-las em prática e também ao aluno sugerir sua realização.
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